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Uma breve reflexão sobre a Saúde em Grajaú

Com quase quatro décadas trabalhando na saúde, desde o Pré-SUS até a sua inscrição na nossa Carta Republicana de 1988, nos artigos 196 a 200, comemoramos a cláusula pétrea: “Saúde é direito de todos e dever do Estado!”, há 32 anos toda a sociedade brasileira vem discutindo saúde e cidadania, com o fito de ter melhor qualidade de vida.

Do que estudamos e pensamos a Saúde desde 1923, com o deputado Eloy Chaves criando, por força de Lei, os Institutos por categoria, aglutinando os trabalhadores, chegamos a reflexões planetárias, como a “conferência de “Alma Ata”, em 1978, que engendrou toda uma mobilização mundial para que tivéssemos saúde desde a atenção primária.

No Brasil, tivemos o SUDS, CONASP, que sucederam as ações integradas de Saúde (AIH).

Nos anos 80, em Grajaú, fomos agraciados com a chegada de Frei Alberto Beretta e o Hospital São Francisco de Assis, um modelo que mesclava os três níveis de atenção, pois a cidade tinha ainda poucos habitantes. Eu, ainda na minha insignificância, atendia com o Padre Raul Mate, seguindo os bons conselhos do padre e médico, “em fazer da medicina uma missão”, posteriormente segui os ensinamentos dos doutores Roricio e Josemar e posteriormente a Dra. Deugecy. Acompanharmos o Dr. Padilha, cearense cirurgião que nos brindou com os seus bons conhecimentos e sábias intervenções!

Seguimos ainda os sábios ensinamentos do Dr. José Jorge, de 1983 até hoje, pois temos muitas histórias e casos clínicos que um dia elencaremos! Fazem parte da nossa história! Do consultório da Rua Patrocínio Jorge ao Hospital Santa Neusa, inaugurado em 1990, discutimos muito como ajudar o nosso povo, a nossa gente!

As consultas do Dr. Zé Jorge, quase gratuitas, evidencia o homem bondoso, que sempre foi, sempre com uma palavra de carinho e profundo respeito para com cada paciente que atendia.

As “trepidações” do Sistema Único de Saúde, com as suas prédicas nas Lei 8080/90 e Lei 8142/90(Leis Orgânicas da Saúde), precisavam ser operacionalizadas, daí surgiram as Normas Operacionais 1, 2, 3 e 6, de 1991 a 1996, que “tentaram” nos guiar quanto ao Sistema na prática!

Deixaram-nos um legado indiscutível para a normatização da Atenção Básica. A Unidade Vitorino Freire, os Hospitais Santa Neusa e São Francisco conseguiram, de certa forma, adequar-se a essas Normas -NOB 1 a 6, em se tratando das Atenções primárias e até secundárias, embora não fosse os seus escopos, que vieram já nos anos 2001 a 2002, com a edição das Normas Operacionais de Atenção à Saúde, NOAS 01 e 02, pavimentando os caminhos para as Referências em saúde e exames e procedimentos de alta e média complexidade. Viramos referência de municípios menores e áreas indígenas e podíamos procurar e realizar dentro da letra da Norma, alta complexidade em exames -Tomografia e Cirurgias em Imperatriz, por exemplo, sem “pedir favores!” Voltamos a atender em Grajaú, já como Especialista em Cardiologia e Neurologia em 2000, mesclando as atividades do Sistema Único de Saúde e da Iniciativa Privada, algumas consultas e exames particulares, pela boa ideia da Dra Neuza Jorge, Diretora Administrativa do Hospital Santa Neusa. E… A então administradora Luzia gentilmente me cedeu um espaço no Hospital São Francisco de Assis.

Perseveramos até que 2001 fizemos um contrato com a Secretaria de Saúde e iniciamos atendimentos mensais, junto a outros Especialistas, como os Dr Rubens e Marcos Aurélio, otorinolaringologista e urologista, respectivamente.

Nesse ínterim, em 2005 tivemos a primazia de fundamos o CAPS Grajaú, sendo nós o primeiro médico. A Saúde Mental e a Psiquiatria tiveram a sua célula germinativa rumo ao alcance desses usuários no SUS em conexão com as Equipes de Saúde da Família (ESF).

Os mais graves, na minha área, consegui levar para o Hospital do Coração da Santa Casa de Misericórdia. Procedimentos como cirurgia cardíaca a implantes de stents realizamos com bom êxito!

Sentíamos, toda a classe médica e os colegas de toda a saúde, a necessidade de garantirmos as atenções secundárias e terciárias na nossa cidade! Pacientes críticos, que precisavam de Suporte de Terapia Intensiva local, por exemplo, não envidamos nem conseguíamos salvar vidas aqui, em Grajaú. Com o terceiro Hospital, o HGG, já éramos para dispormos desse serviço, além do Suporte Nefrológico, sem ter de deslocar o doente para outras cidades.

É uma humilde petição ao nosso bom gestor Mercial Arruda, no quinto mandato frente à Prefeitura Municipal de Grajaú e como atuante Parlamentar que foi, deputado estadual, representando a nossa cidade.

Estamos numa nova época, terceiro milênio, uma classe médica competente e toda a Área de Saúde, e o Conselho de Saúde, que são os “parlamentares e promotores de justiça”, grifo nosso no âmbito do SUS!

Seguindo a tônica do Artigo 199: “O SUS é livre à iniciativa privada…” podemos elevar parcerias! Já é chegada a hora de partirmos novamente para a prática e estruturarmos uma Atenção Secundária e Terciária para a nossa cidade!


DR. ALLAN DUAILIBE

 

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