Campanha critica venda de robôs sexuais antes mesmo de chegada ao mercado

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Antes mesmo de chegarem às prateleiras, os chamados robôs sexuais já se tornaram alvo dos ativistas, que lançaram nesta terça-feira (15) uma campanha contra as vendas do gadget erótico.

Os humanoides –que poderão ser usados como substitutos sexuais–, segundo a campanha, podem “contribuir para as desigualdades da sociedade”, bem como para reforçar a imagem de “mulheres objeto”.

Em entrevista à rede de televisão norte-americana CNBC, Kathleen Richardson, líder campanha, afirmou que os robôs sexuais têm sido fabricados não só na forma de mulheres, mas também como crianças.

“Quando comecei a analisar o assunto pensei, ‘oh robôs sexuais, esses inofensivos talvez possam reduziria a demanda por mulheres e crianças reais'”, afirmou Richardson, que é antropólogo da Universidade De Montfort, no Reino Unido. “Mas não. Eles tendem a contribuir e reforçar a posição delas na sociedade como objetos sexuais.”

As bonecas sexuais não são novidades no mercado mundial. Mas diante de uma demanda por robôs que podem ser utilizados para fins sexuais, empresas de robótica têm investido para levar “esse upgrade” para o mercado.

A empresa californiana RealDoll, por exemplo, planeja vender uma boneca sexual de borracha “artificial inteligente” –com capacidade de se comunicar– em 2017.

Já a “True Companion” afirma está produzindo o primeiro robô sexual do mundo chamado Roxxxy, nas versões feminina e masculina. O gadget, de acordo com a empresa, deve ser lançado ainda esse ano por US$ 7.000 (cerca de R$ 24 mil).

“Roxxxy conhece seus gostos e desgostos, é capaz de ter uma discussão, expressar o amor por você e ser sua parceira. Pode falar com você, ouvi-lo e sentir o seu toque. Pode até ter um orgasmo”, descreve a empresa em seu site.