Após audiência que durou horas na Câmara de Vereadores da cidade de Itaipava do Grajaú entre indígenas, vereadores e comissão do Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (Dsei-MA), o médico cubano, Nelson Hernandes Almangue, Luciano Lírio Melo de Moraes, o dentista, e Jocicleu de Sousa, motorista do Dsei que residem todos em Grajaú foram libertos após quatro dias reféns nas mãos dos indígenas.

A decisão de libertar os reféns só aconteceu após a audiência onde houve acordo entre as partes, assim, a comissão do Dsei-MA assinar compromisso através de um documento que haverá a construção de um poço artesiano, um posto de saúde equipado, técnicas em enfermagem voltarem a visitar as aldeias na próxima semana, melhorias nas estradas que dão acesso as aldeias, um carro para atendimento aos pacientes.

Após acordo firmado, todas as entidades ficaram com uma copia do documento, caso haja descumprimento do compromisso, os indígenas terão uma nova reação.

Na última quinta-feira, na aldeia, uma comissão da Funai foi ao local tentar negociar com os indígenas, mas não conseguiram, bem como a Polícia Federal. Raimundo Nonato de Moraes (Nonatão), pai do odontólogo ficou no local tentando negociar para liberarem o filho, mas não teve êxito.

O médico é de origem cubana e é integrante do programa “Mais Médicos” do Governo Federal. O motorista e o odontólogo são funcionários do Dsei.

De acordo com a assessoria de imprensa do Dsei já existe um projeto para construção da unidade básica de saúde e outro poço artesiano na aldeia Sibirino. Nos próximos meses será aberto o processo de licitação.

O coordenador-geral do Dsei, Alexandre Cantuário, pediu um prazo até sexta-feira da próxima semana para providenciar o veículo e um motorista que deve ficar à disposição dos índios.

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