A soltura da ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, na noite de sexta-feira (9) pegou a todos que acompanham o caso de surpresa. É que ela ficou apenas 11 dias presa. Ela agora irá responder pelas acusações de desvio de dinheiro da merenda escolar em liberdade, usando uma tornozeleira eletrônica. Na capital São Luís ela fez exame de corpo de delito.
A decisão de soltar Lidiane foi do juiz federal José Magno Linhaers Moraes alegando que não há risco dela atrapalhar as investigações. “Segundo a autoridade policial e o Ministério Público, ela estaria dificultando a produção de provas. Nós concluímos que aqueles pré-supostos não mais existem no momento presente”.
Lidiane, que foi eleita pelo PRB e hoje está sem partido, ficou famosa por ostentar nas redes sociais sua vida de luxo incompatível com o salário de prefeita em Bom Jardim, município de 40 mil habitantes, a 275 km de São Luís, que tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
Ela é acusada de desviar recursos públicos destinados à educação de crianças e adolescentes de Bom Jardim. Em agosto, o Tribunal Regional Federal de Brasília decretou a prisão preventiva da prefeita. Quinze dias depois, a Câmara Municipal cassou o mandato dela. Lidiane ficou foragida por 39 dias, mas se entregou à Justiça no dia 28 de setembro.
A ex-prefeita não pode sair da Região Metropolitana de São Luís e nem se aproximar da cidade de Bom Jardim. Os passos dela devem ser monitorados por equipes da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária. Uma vez por mês ela terá que se apresentar à Justiça. Se não cumprir essas determinações, Lidiane pode voltar para a prisão.
