O serviço do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) procura as famílias de dois pacientes do Maranhão internados no local há mais de duas semanas. Os dois homens falam pouco e não conseguem repassar informações sobre o paradeiro de parentes, que até o momento não contataram a unidade para obter informações sobre eles.
O primeiro a chegar foi Luiz Pereira da Silva, de 44 anos, no último dia 8. Ele foi encontrado desacordado em uma rua e levado à unidade com traumatismo craniano pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O homem diz que nasceu Santa Inês, já foi casado e tem filhos. Porém, ainda confuso, ele dá informações desencontradas e não sabe explicar bem como se feriu. “Só lembro que eu estava saindo do carro, o ônibus chegou e bateu em mim. Só isso. Não lembro mais”, afirma.
O outro caso é ainda mais complicado. Em um quarto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Orleandro também aguarda por algum familiar desde o dia 10. Ele, que aparenta ter entre 25 e 30 anos, não portava nenhum documento.
Com muita dificuldade, a psicóloga Elisa Simões conseguiu descobrir que ele é natural de Imperatriz e trabalhava como flanelinha em Goiânia. “Nesses momentos em que ele estava mais lúcido, conseguiu dizer o nome dele que é Orleandro do Nascimento Souza”, conta.
A chefe do serviço social do Hugo, Solange Generosa, faz uma verdadeira investigação para encontrar a família dos dois pacientes, mas ainda não obteve êxito. Ela diz que quando as pessoas são de outro estado, a tarefa fica ainda mais difícil. No ano passado, 89 pessoas se encontravam nessa situação na unidade.
“Precisa localizar familiares porque a gente entende que o acompanhamento da família traz melhoras para o paciente. A gente pede encarecidamente quer se alguém que conhece algum amigo ou tem alguma informação desses dois pacientes que entrem em contato com o serviço social”, pontua.