Lideranças do PMDB já trabalham para convencer o suplente de senador Edison Lobão Filho (PMDB) a candidatar-se a prefeito de São Luís em 2016. Usam como trunfo a expressiva votação do peemedebista na eleição de 2014, na capital. O ex-senador ainda não se mostra entusiasmado com a candidatura, mas já admite participação mais efetiva no comando do partido.
Na disputa pelo Governo do Maranhão, em 2014, Lobão Filho chegou à eleição em cima da hora, mesmo assim registrou quase 1 milhão de votos, sendo mais de 150 mil deles só na capital, o que equivaleu a 31% dos votos válidos.
Um fator que pode pesar a favor dos argumentos dos que defendem a candidatura de Lobão Filho é uma diferença que se dará na comparação entre a eleição de 2014 e a de 2016: quando perdeu para Flávio Dino (PCdoB) no ano passado, o peemedebista disputou uma eleição polarizada com seu adversário, que fazia campanha há pelo menos quatro anos e sem nenhum outro candidato de peso que pudesse forçar um segundo turno na disputa pelo Governo do Estado.
Na eleição municipal de 2016, além do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), a disputa deverá ter como candidata a deputada federal Eliziane Gama (PPS), o que já garante maior divisão do eleitorado. A presença de Lobão Filho, portanto, forçará uma divisão dos votos, pelo menos por três, garantindo o segundo turno, com chances de o candidato do PMDB estar nele. E é exatamente neste espaço que os líderes do PMDB estão de olho.