2016 mal começou e os pais já têm com o que se preocupar: o preço do material escolar dos filhos. Neste ano, será preciso desembolsar até 30% a mais do que em 2015 para a compra de alguns itens. E não adianta deixar para depois, a expectativa é de que a elevação se mantenha.
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), nos últimos 12 meses, o preço do material escolar subiu em média 10%. O aumento dos tributos para itens importados é o que mais influencia o aumento, além da desvalorização do real, que é outro precedente para a alta dos valores.
“Por conta da desvalorização do real, do aumento dos insumos, e da mão de obra, os artigos de papelaria estão mais caros. Os produtos fabricados no país, como caneta, borracha e massa escolar, podem ter um aumento de até 12% e que os produtos importados, como mochilas, lancheiras e estojos terão aumento entre 20% e 30”, afirma Rubens Passos, presidente da ABFIAE.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os tributos podem chegar a até 47%, como no caso das canetas. Já materiais como apontador e a borracha escolar têm alíquota de 43%. O caderno universitário e o lápis alcançam 35%.
A mãe do pequeno Matheus, Neusa Fraga, sentiu no bolso essa diferença. Ao comprar os materiais escolares para o segundo ano de escola do filho, de 4 anos, se assustou com os valores, que considerou abusivos.
Mesmo pesquisando preços em três papelarias diferentes, ela afirma não ter conseguido economizar muito. Apesar disso, a mãe destaca que a pesquisa ainda é a melhor saída, já que a variação entre os itens pode ser grande. “O mesmo caderno que eu encontrei em uma papelaria por dez reais, na outra custava 15”, afirma.