No dia 1º de agosto, o portal de notícias G1 das organizações Globo, publicou duas notícias sobre denúncias de superfaturamento e sobrepreço em obras públicas de pelo menos dez cidades do Nordeste, entre elas Grajaú, que, entre 2008 e 2010, de acordo com as matérias, teriam recebido verbas da União para reconstrução após tragédias, de acordo com relatório obtido da Controladoria Geral da União (CGU) pelo portal. Dos dez municípios citados nas denúncias, o G1 não conseguiu contato apenas com três: Prata do Piauí, Dom Pedro (MA) e Grajaú. Para deixar mais claro os fatos, o site Grajaú de Fato – O Portal em Movimento, fez contato com a Prefeitura de Grajaú com o objetivo de prestar um serviço imparcial aos nossos internautas ouvindo o outro lado da notícia, ou seja, aquele que ainda não tinha se pronunciado sobre o fato: a Prefeitura de Grajaú. A matéria do G1 cujo título é “CGU vê fraude em dez cidades que receberam verba após tragédias”, Grajaú é apontado pela CGU como “pagamento indevido (superfaturamento) causando prejuízo da ordem de R$ 62,4 mil). O secretário municipal de administração, José Antonio Leal, foi quem falou em nome do poder público municipal ao Grajaú de Fato. “Tivemos conhecimento dessas possíveis fraudes através dessa notícia mentirosa. Com certeza há algum engano na apuração dos fatos, até porque nunca fomos notificados de qualquer irregularidade”, disse, surpreso, Leal. José Antonio Leal, porém, confirmou o recebimento da verba, mas frisou que o recurso foi administrado pelo Governo do Estado do Maranhão. Disse que o prefeito Mercial Lima de Arruda ao ter conhecimento das denúncias, determinou que o procurador do município, o advogado Dr. João Batista Ericera, solicitasse à Procuradoria Geral da União no Maranhão, uma certidão [documento que relata a situação do município junto à CGU]. “A prefeitura de Grajaú não tem nada a esconder, queremos que tudo fique esclarecido, por isso brevemente iremos publicar nosso posicionamento sobre o assunto, baseado na resposta do Procurador Geral no Maranhão”, garantiu o secretário, que foi mais longe e afirmou que “a Prefeitura não tem e nunca teve até o momento convênio com esse ministério (Ministério da Integração Nacional) citado na denúncia”. Em nota assinada pelo secretário de comunicação da Prefeitura de Grajaú, José Guimarães de Sousa Silva, a Prefeitura se defende dizendo que “a notícia não condiz com os fatos que, sequer apontou quem seriam os responsáveis pela gestão dos recursos apontados pela CGU como malversados”. Ainda no texto, a Prefeitura diz que “a referida omissão deu vazão a diversas especulações e imputações de responsabilidade, tendo circulado, inclusive, em vários Blogs, Sites e na Imprensa escrita desdobramentos e críticas aos gestores municipais dos referidos municípios”. Leia nota na integra. CLIQUE AQUI 200 mil reais foram destinados a Grajaú Grajaú de Fato conseguiu com exclusividade um documento com a Pastoral da Comunicação (Pascom) da diocese de Grajaú com valores, cidades, motivo e o nome do político interessado na distribuição da verba aos municípios. De acordo com o documento nove municípios e o Governo do Maranhão, receberam em 2009 verbas que variaram entre 200 e 500 mil reais. Grajaú por meio do processo 59050.001234/2008-97 recebeu a quantia de R$ 200 mil para Apoio a obras preventivas de desastres. A Pascom teve acesso à informação em maio de 2009 em Bacabal, durante a Assembleia Regional de Pastoral, evento promovido pela Igreja Católica do Maranhão. PARA LEMBRAR: O que Grajaú passou em 2009 Após chuvas e abalos sísmicos ocorridos em abril de 2009 que atingiram várias cidades maranhenses, o prefeito de Grajaú, Mercial Lima de Arruda, decretou estado de calamidade pública no município. Na época, Grajaú festejava seus 198 anos, mas, devido a tragédia, as comemorações de aniversário foram canceladas, havendo somente uma simples comemoração musical promovida pela Secretaria Municipal de Cultura. Meses depois a população grajauense estampou faixas de agradecimento a então senadora, Roseana Sarney, pelo apoio e conquistas de verbas para reconstruir o que foi danificado pelas chuvas e tremores.
Atingidos pelo abalo sísmico em Grajaú Grajaú de Fato conversou com pessoas que tiveram suas casas danificadas e destruídas na época. Tentamos identificar algum beneficiado após as chuvas e abalos em abril de 2009. Confira, abaixo, o que encontramos: “Tive um prejuízo de 30 mil reais a mais em minha construção. Não tive ajuda de ninguém, mesmo recebendo a visita de alguns técnicos que afirmaram que eu seria contemplado com ajuda federal”, disse Antonio Pereira, proprietário de uma residência no bairro Vila Tucum. A Vila São Marino, casa da diocese de Grajaú que abriga hansenianos, também recebeu a visita dos técnicos, segundo a coordenadora da entidade Maria Lizete. Ela disse que os prejuízos foram grandes e que até hoje as conseqüências afetam a estrutura dos apartamentos da Vila. “Pela forma que os técnicos avaliaram a situação era certo que receberíamos alguma ajuda do Governo Federal”, disse Lizete decepcionada com a publicação das denúncias no Portal G1. Da mesma forma, o lavrador José Raimundo Bezerra, do bairro Expoagra foi prejudicado. Sua casa que estava sendo reformada na época custou 9 mil reais acima do valor avaliado. “Tinha esperança de receber alguma ajuda, mas ninguém não nos procurou mais. Pensei que a coisa não tinha dado certo”, lamentou o grajauense ao saber das denúncias.CONTINUE LENDO
Após denúncias no G1, Prefeitura de Grajaú diz que não desviou dinheiro destinado a tragédias de 2009
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