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Dos 18 deputados federais pelo Maranhão, apenas quatro votaram contra o financiamento privado de campanhas

No segundo dia de votação de propostas da Reforma Política, o financiamento privado de campanhas voltou a ser apreciado em plenário após manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A emenda que permite doações de pessoas físicas e jurídicas a partidos políticos e de apenas pessoas físicas para candidatos foi aprovada na quarta-feira (27) com 330 votos a favor e 141 contra, além de uma abstenção.

A bancada maranhense votou em peso pela aprovação da matéria. Dos 18 parlamentares, apenas quatro se posicionaram contra o financiamento privado: Eliziane Gama (PPS), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Weverton Rocha (PDT) e Zé Carlos (PT).

Na véspera, os deputados rejeitaram a emenda que autorizava o financiamento de empresas a candidatos e partidos. Foram 264 votos a favor e 210 contra, mas seriam necessários 308 para a aprovação do texto. Entre os deputados que mudaram de posição e passaram a apoiar as doações privadas, quatro eram maranhenses: Aluisio Mendes (PSDC), Cleber Verde (PRB), Sarney Filho (PV) e Victor Mendes (PV).

Em discurso contra as doações privadas, o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) criticou que a aprovação da medida era o objetivo geral da reforma política. “Constitucionalizar o financiamento empresarial é repetir o erro que o atual sistema nos trouxe. O que o povo do Brasil espera é afastar o poder econômico das decisões políticas. Não é à toa que este é o Congresso mais rico e mais conservador das últimas eleições. E é por isso que nós exigimos uma reforma política, popular e democrática”, defendeu antes do início da votação.

Defendendo o fim da reeleição, a deputada Eliziane Gama (PPS) ressaltou que a possibilidade de exercer dois mandatos no Executivo prejudica a alternância no poder, a isonomia e a equidade. “Há utilização, de forma escancarada, da máquina pública com o foco principal na reeleição. Está mais do que nunca claro que a reeleição é simplesmente um mecanismo para a perpetuação do poder, sem essencialmente olhar para o cidadão”, discursou no plenário.

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