Paralisação entra no 3º dia em todos os estados. Categoria pede 12,5% de reajuste e melhores condições de trabalho

Bancários de agências públicas e privadas entraram no terceiro dia de greve nesta quinta-feira, 2. A paralisação é por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Sindicatos de todos os estados confirmaram adesão à greve, além do Distrito Federal.

Bancários do Banco do Nordeste e do Bradesco não aderiram à greve. Três funcionários do Banco do Brasil e quatro da Caixa permanecem trabalhando, mas as agências estão paralisadas. Somente os serviços de caixas eletrônicos e correspondente bancário estão em funcionamento. Neles os usuários poderão realizar algumas operações bancárias, como saques, transferências e pagamentos.
Heleane Gárcia, cliente do BB, apoia a reivindicações dos bancários. “A greve é justa e necessária; aqui em Grajaú contamos com péssimos serviços pela falta de mais funcionários e melhores estruturas nos bancos”.

Reivindicações dos bancários
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros.
Além do aumento de salário e benefícios, os bancários também pedem melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas.
No sábado (27), o Comando Nacional dos Bancários confirmou o indicativo de greve mesmo após uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes pelos bancários em reunião realizada em São Paulo.
Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.
Em nota, a Fenaban “reafirma sua confiança na manutenção das negociações para um desfecho da convenção coletiva 2014/2015”. A entidade ainda “ressalta que o consumidor dispõe de vários canais para a realização de transações financeiras, tais como internet, o banco por telefone, o aplicativo do banco no celular. Há também os caixas eletrônicos e rede 24 horas, que ficam disponíveis em supermercados, aeroportos, shoppings, lojas comerciais e centros comerciais, além dos correspondentes, que estão espalhados por todo o Brasil”.

Agência da Caixa Econômica Federal com adesivos que indicam a paralisação
