Foram necessários cinco rounds para Anderson Spider Silva, como é mundialmente conhecido, vencer o americano Nick Diaz na madrugada de hoje (1) em Las Vegas, nos Estados Unidos, na luta principal do UFC 183. Nos primeiros três rounds, o brasileiro parecia meio acanhado, não forçava muitos chutes, de modo especial com a perna esquerda, a qual o deixou fora do octógono por 398 dias, depois de sofrer uma fratura na revanche contra o americano Chris Weidman, em dezembro de 2013.
Os fãs do MMA por poucos instantes durante a luta viram aquele Anderson Silva que todos se acostumaram a ver: flexível, dinâmico e conectando vários jabs. Um ponto, positivo, porém, é que o Silva não baixou a guarda, uma de suas características e não entrou nas provocações do americano que por diversas vezes usou a ironia para desestruturar o brasileiro. No fim, Anderson venceu por decisão unânime dos jurados. Mas o nocaute, que era o que todos esperavam, ficou para a próxima.
Após o evento, o próprio presidente do UFC, Dana White, declarou que esperava mais da luta, mas não escondeu que a pressão sobre o brasileiro e o longo tempo de tratamento influenciaram em sua performance.
“Anderson está muito bem para um cara com 39 anos. Quem tem 39 anos sabe que não é fácil fazer o que ele faz. Ele veio de uma lesão terrível e teve pela frente uma luta de cinco rounds, com toda a pressão que existe sobre ele. Não podemos julgá-lo por essa performance. Ele veio bem fisicamente, bateu o peso com facilidade, e em alguns momentos mostrou golpes do velho Anderson Silva. O que eu quero é que ele volte para casa, para sua família e descanse. A luta não foi como eu esperava. Imaginei ver mais golpes, mais ação por parte dos dois lutadores. Poderia ter sido melhor, mas não vou reclamar”.