Um grupo de funcionários do Hospital São Francisco de Assis, da Sociedade Beneficente São Camilo, vestindo trajes na cor preta participaram de uma passeata na manhã da última quinta-feira, 25, pelas ruas do centro da cidade de Grajaú.
O movimento fez parte do Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos proposto pelos 600 representantes de hospitais e entidades filantrópicas no último Congresso Nacional das Santas Casas e hospitais Filantrópicos, promovido em Brasília no mês de agosto.
“Os serviços do Hospital São Francisco de Assis estão funcionando normalmente, mas toda rede São Camilo aderiu a esta paralisação nacional que tem o objetivo de chamar a atenção da mídia, do governo e da população em geral sobre a crise que ameaça a sobrevivência dessas instituições, e, consequentemente, o funcionamento do SUS”, informou o radiologista Franque Cortez que conduziu a caminhada.
O bispo diocesano de Grajaú, dom Franco Cuter também deixou sua palavra de apoio ao movimento. “Espero que essa mobilização chame a atenção das pessoas; fico preocupado porque não só as autoridades, mas também a sociedade civil deveria reconhecer o quanto foi, e é importante o hospital São Francisco. O povo está completamente alheia à situação”, lamentou.
Também participaram do ato, agentes das Pastorais Sociais da Igreja Católica e conselheiros de saúde, entre eles o presidente do Conselho Municipal de Saúde João Batista da Silva e Silva.
Entre as reivindicações do Hospital São Francisco de Assis, estão:
Incentivo financeiro da Prefeitura Municipal de Grajaú para garantir o serviço de obstetrícia que está ameaçado de fechar as portas no próximo dia 7 de novembro, porque requer médicos especialistas, que custam caro; os repasses do IAC (Incentivo de Adesão a Contratualização) que estão sendo segurados pela Prefeitura desde dezembro de 2013, quando o Governo Federal destinou R$ 133.674,16 (cento e trinta mil reais, seiscentos e setenta e quatro reais e dezesseis centavos) ao Hospital São Francisco, dividido em três parcelas, sendo que a última foi depositada pelo Ministério da Saúde no último mês de março;
E o pagamento do débito de R$ 1,2 milhão deixados pela gestão do então prefeito Mercial Lima de Arruda.