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Grajaú de Fato parabeniza Barra do Corda pelos 173 anos

Com aproximadamente 100 mil habitantes, 15 bairros e 50 povoados, distante 150 Km de Grajaú, a cidade de Barra do Corda

Com aproximadamente 100 mil habitantes, 15 bairros e 50 povoados, distante 150 Km de Grajaú, a cidade de Barra do Corda fez ontem, 3 de maio, 173 anos. Pela manhã houve alvorada com rajada de foguetes e a celebração de uma missa. À tarde houve uma partida de futebol entre a seleção de Barra do Corda e o time Moto Club de São Luis. Ainda à noite as bandas Reprise e Menina Assanhada se apresentaram no bairro Tresidela.

História de Barra do Corda

*Por Heider Moraes

A cidade de Barra do Corda foi fundada em 3 de maio de 1835 por Manoel Rodrigues de Melo Uchoa, cearense de Nossa Senhora da Assunção. Militar, foi comandante-em-chefe de uma das batalhas do Jenipapo em Campo Maior, Piauí. O nome é homenagem ao rio Corda, que circunda todo o centro urbano em forma de barra.

Ao declarar fundada Barra do Corda, Melo Uchoa batizou-a primeiramente de Missões, depois Santa Cruz de Barra do Corda, porque 3 de maio é o dia da Santa Cruz. Em seguida, Barra do Rio das Cordas e, finalmente, Barra do Corda.

O nome “Corda” é em razão do rio Corda então conhecido como rio “Capim”. Como existiam muitos cipós que se enrolavam em forma de corda, daí o nome rio Corda e por efeito Barra do Corda.

Uma das versões sobre Melo Uchoa, conta que ele teria vindo do Piauí onde participou como um dos comandantes-em-chefe da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, uma rebelião piauiense que pretendia fundar uma república. Trouxe consigo vários remanescentes dessa batalha, inclusive o seu lugar tenente, José Lázaro Teixeira.

Nas imediações da cidade de Colinas no Maranhão, na fazenda Consolação, consta que Melo Uchoa teria reunido uma caravana, a qual contara com índios Canelas, e em seguida partido em expedição para reconhecer uma área do centro maranhense e fundar uma cidade.
O povoado Leandro, no sertão, já existia.

No porto do hoje povoado do Sujapé, Melo Uchoa teria passado oito dias descansando. A pé, margeando o rio, foi até a confluência do Corda com o Mearim, acampando no porto da Sapucaia (“x” com o balneário Guajajara).

Julgou que era o local ideal. Além da beleza, constatou que o rio Mearim a partir dali oferecia condições de navegabilidade. E ali no porto da Sapucaia declarou fundada Barra do Corda. Era 3 de maio de 1835.

A partir dessa data fixou residência em Barra do Corda. Comandou a demarcação das ruas da cidade de modo que ficassem em quadras iguais de cem metros, no sentido de que todas estivessem voltadas para o nascente.

Viveu 31 anos em Barra do Corda. Pai de sete filhos, Melo Uchoa morreu paupérrimo em 7 de setembro de 1866. Foi sepultado na praça Gomes de Sousa (antigo cemitério que fica em um largo, na entrada do bairro Sítio dos Ingleses).

Na cidade há apenas a praça Melo Uchoa em homenagem a sua pessoa.

* Heider Moraes é jornalista e editor do jornal on-line www.turmadabarra.com.br

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