Depois do bloqueio na BR-226, a partir da sexta-feira, 5, até esta quarta-feira, 10, entre Grajaú e Barra do Corda, ficou o saldo do quase assassinato do delegado da Barra do Corda, Edmar Gomes Cavalcanti Júnior, que perdeu dois dedos, e foi alvejado com 5 tiros de espingarda, e a soltura dos indígenas que causaram a ação. Eles também foram feridos pelo delegado, mas todos passam bem.
O delegado de Barra do Corda, no entanto, continua em Imperatriz internado no Hospital São Rafael.
Leia, abaixo, um trecho da fala dele sobre o episódio em que foi baleado pelos indígenas:
“Eu me identifiquei e pedi permissão para passar no trecho bloqueado da BR-226. Neste momento alguns índios com aspectos de embriaguez não permitiram a minha passagem e disseram que eu iria ficar de refém juntamente com a motocicleta. Foi quando eu desci da moto, saquei a pistola e me coloquei na direção do chão, já que os índios se aproximavam com facões e espingardas na minha direção”.
O delegado afirmou ainda que no momento em que se afastava de costas escorregou. “Eu senti, ao cair, que tinha sido atingido na mão esquerda e vi a minha mão sangrado e faltando um pedaço do dedo. Daí eu efetuei disparos para o alto com o objetivo de intimidá-los e, neste momento, vários índios começaram a atirar de dentro do mato. Eu fui atingido e estava procurando preservar a vida. Comecei a me afastar atirando e correndo pelo asfalto por aproximadamente 2 km, sangrando e atingido pelos tiros, e perseguido pelos índios. Fui socorrido por dois caminhoneiros que, por coincidência, estavam sendo assaltados quando eu apareci”.