Por meio de uma tímida campanha, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, (SEMMA), espalhou pela cidade cartazes que visam conscientizar a população para o respeito ao período de piracema, propício à desova dos peixes. A campanha, que acontece todos os anos, teve início em dezembro de 2009 e vai até 30 de março. Durante esse período é proibida a pesca com o uso de redes, tarrafas e outras armas de captura em massa de peixes das espécies pacu, mandis, surubins e mandubés, espécies que pedem licença para se reproduzirem.
A campanha conta com o apoio do Ministério Público, Câmara Municipal, Policias Civil e Militar, associação de pescadores e rádios locais.
Associação de pescadores
Para o presidente da Associação de Pescadores, Francisco Pereira da Silva Neto, os quatro meses de proibição da pesca em massa, é um tempo difícil em Grajaú para os que vivem do ofício. Segundo o presidente, a categoria não está totalmente organizada, falta muito para que os pescadores reconheçam seus direitos e seus deveres.
Atualmente, a Associação de Pescadores de Grajaú tem 110 membros, mas somente 31 deles receberam a primeira das quatro parcelas que o pescador tem direito através de repasse do Governo Federal durante a Piracema, para poderem sobreviver e sustentar suas famílias. A liberação equivale a um salário mínimo, repassado por meio da Caixa Econômica Federal, utilizando o cartão cidadão. Dos 71 que possuem a carteirinha de pescador, só os que receberam o dinheiro deram entrada nos documentos, requerendo esse auxílio.
O presidente informou também que enfrenta muita dificuldade para que a categoria se organize. Em 2009 somente 10 sócios fizeram o pagamento das taxas, dificultando assim, o trabalho de organização e articulação da associação. “Mesmo sendo somente 31 pescadores, que estão recebendo auxílio desemprego, nos sentimos vitoriosos, pois desde 2002 lutamos para conquistar esse direito”, completou, animado, Francisco.