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Resenha crítica do Livro “O Monge e o Executivo”: a essência da liderança está em construir e valorizar relacionamentos saudáveis

FÚLVIO COSTA

Nos dias de hoje está na moda falar de liderança. Palavra-chave para a saúde de uma empresa seja de qual ramo de atividade ela for oriunda, a liderança pode fazer a diferença e é fator indispensável para a motivação ou não dos colaboradores. Para adquirir resultados positivos nas relações pessoais, bem como no desenvolvimento das mais diversas atividades, está ficando no esquecimento a figura do chefe cuja forma de influência sobre os subordinados é feita pela coação, força, poder. “Faça isso ou eu o despedirei; faça isso, senão…”.

O Monge e o Executivo – Uma história sobre a essência da liderança (The Servant) de autoria do norte americano James C. Hunter, lançado no Brasil em 2004, pela Editora Sextante, com 128 páginas e dividido em sete capítulos, é leitura obrigatória para estudantes e executivos da área de administração de empresas, fundamental para quem lida todos os dias com pessoas.

Logo nas primeiras páginas, o autor explica o significado de liderança, poder e autoridade, caminho que conduz toda a história que se passa em um mosteiro da Ordem de São Bento. Um grupo de seis pessoas, de diversas profissões, passa uma semana no lugar aprendendo como se tornarem líderes servidores com um famoso ex-executivo de uma das maiores empresas dos Estados Unidos.

A história, porém, gira em torno de um gerente-geral de uma importante indústria de vidro plano com mais de 500 funcionários e mais de 100 milhões de dólares em vendas anuais. Ele tinha tudo para estar feliz, mas a família estava se desestruturando; no trabalho, enfrentava um desgaste com funcionários e sua liderança era contestada pelo seu chefe. O retiro no mosteiro foi sugerido pelo pastor da igreja que pouco frequentava, com o apoio total da esposa Rachel. Naquele período, ele se afastaria do trabalho para tentar por a vida em ordem.

Ler o Monge e o Executivo é mergulhar em uma história cheia de ensinamentos espirituais. As reflexões, também filosóficas, testam a forma como tratamos as pessoas e como fazemos a manutenção dos nossos relacionamentos. Valorizar as pessoas ou, em outras palavras, tratá-las exatamente como você gostaria que elas o tratassem é a palavra de ordem na obra. A recompensa desse “mandamento” vem em formato de trabalho de qualidade.

Uma coisa é certa na leitura desse best-seller da administração moderna: o leitor encerra suas páginas com a sensação de pode ser mais humano; se estudar cada capítulo, adquire uma capacidade de construir relacionamentos saudáveis e satisfazer as necessidades dos liderados com foco no cliente. Eu recomendo: você não irá querer desgrudar dessa bela história sobre a essência do compromisso com o outro. Afinal, como diz o próprio James Hunter, “no fim, a única questão importante será: que diferença as nossas vidas fizeram no mundo?”.

*Fúlvio Costa é jornalista. Leia mais em www.fulviocosta.com

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