Continua na BR-226 os serviços precários de tapa-buracos entre Barra do Corda e Grajaú, realizado por uma empresa terceirizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Nesta quarta-feira (4) a reportagem do Grajaú de Fato percorreu o trajeto e constatou que o trecho menos danificado está recebendo massa asfáltica. Já os buracos maiores, recebem apenas barro que, com as chuvas, só piora a situação.
Segundo o motorista Neguinho, da empresa de ônibus Moreli, o trecho mais prejudicado está na Reserva Indígena (22 km). “Deveríamos gastar apenas meia hora nesse trecho, mas com a quantidade de buracos a viagem se estende de 50 minutos a uma hora”, disse. Nesse trecho, encontramos dois caminhões quebrados. Um deles acertou em cheio um buraco que acabou tendo um dos pneus furados. Os buracos também são muitos de Sabonete a Grajaú e fica pior entre o Povoado Remanso e Grajaú.
Na Reserva Indígena, crianças e mulheres continuam enfrentando sol e chuvas, tapando buracos por conta própria e estendendo cordas com o objetivo de conseguir algum trocado dos carros que trafegam por ali. “Há dez anos trabalho em empresas de ônibus e transporte de mercadorias; é difícil com estradas ruins como as nossas e tudo se torna mais caro e desgastante, infelizmente; além disso, corremos risco de vida e não ganhamos o devido”, lamenta Neguinho.